. Depois de tanto tempo, o ...
. Uiiiii... que eu já não e...
. Nada melhor para começar ...
. A indústria farmacêutica....
Pedi à minha mãe para tomar conta do Johnny, porque o meu marido e eu íamos a uma noite do parque!!!!
"Noite do Parque", era assim que chamávamos aos concertos da queima das fitas de Coimbra, as minhas "noites" começavam sempre por volta das 23h00 e só acabavam já bem perto das 8h00 da manhã... aaahhhhh... que saudades!
Então, no sábado, lá fomos nós os dois, assim como namorados, para o recinto dos concertos... já nada é igual, já nada tem o sabor de antigamente, foi uma desilusão!!!
A começar pelo recinto em si, agora situado no "Japão" (designação dada pelo Código da Praxe à margem sul do Mondego), num espaço muito amplo cheio de barracas de "comes e bebes" tipo feira popular, ao meio. Num dos topos o palco principal e no topo oposto uma série de grandes barracas onde se bebem aquelas bebidas que nos sobem muito rapidamente aos neurónios, entorpecendo-os de tal forma que toda aquela música "stump-stump" se torna minimamente audível! Enfim, para mim foi zona a evitar totalmente!
Mantivemos-nos perto do palco principal, tal como nos velhos tempos, com um pack de senhas de cerveja, ouvindo os concertos (com o barulho contínuo do "stump-stump" que vinha lá detrás)... mas não era a mesma coisa... faltava qualquer coisa... aaaahhhhh, já sei, faltava o cigarrito!!!! Comprei um maço... fogo que está caro comó caraças!!! E pronto, com o cigarro na mão direita e o copo de cerveja na mão esquerda, observava agora o pessoal que por ali andava! O que saltava mais à vista eram os putos e as pitas que não tinham mais que 15/16 anos e que eram assim às boas dezenas, elas vestidas como se estivessem em pleno Agosto às 2 da tarde na praia e eles com os cabelos a caírem-lhes nos olhos, provavelmente para não se entusiasmarem com a visão dos grandes decotes e mini-saias das companheiras... sem comentários...
Depois comecei a reparar na malta estudantil e houve uma coisa que me deixou curiosa, no meu tempo (que também não foi assim há tanto tempo, apenas se passaram 10 anos da minha última queima) distinguíamos os caloiros pelas capas, eles eram os únicos que a tinham impecável, novinhas em folha, sem um único rasgo. Agora, as únicas capas rasgadas que vi, foram a minha e mais meia-dúzia de uma malta que eu até reconheci como tendo andado na mesma altura que eu na faculdade!!! Todas as capas daquele pessoal estavam perfeitamente intocáveis, dá-me até a sensação que as devem passar a ferro para não dar ""mau aspecto""!!! Definitivamente, aquilo já não é o que era, é que nem com o cigarro e a cerveja eu consegui voltar, nem que fosse por umas horas, atrás... àquele tempo que me encheu as medidas!!!! Digam, o que disserem, a queima das fitas foi em Coimbra... agora é apenas mais uma igual às outras!